20 DE NOVEMBRO
DIA
DA CONSCIÊNCIA NEGRA
Com a implementação dessa lei, o governo
brasileiro espera colaborar para o resgate da contribuição dos povos negros
nas áreas social, econômica e política ao longo da história do país.
A escolha dessa data não foi por acaso: em 20 de
novembro de 1695, Zumbi - líder do Quilombo dos Palmares- foi morto em uma
emboscada na Serra Dois Irmãos, em Pernambuco, após liderar uma resistência
que culminou com o início da destruição do quilombo Palmares. Apesar das
várias dúvidas levantadas quanto ao caráter de Zumbi nos últimos anos
(comprovou-se, por exemplo, que ele mantinha escravos particulares) o Dia da
Consciência Negra procura ser uma data para lembrar a resistência do negro à
escravidão de forma geral, desde o primeiro transporte forçado de africanos
para o solo brasileiro (1534).
Algumas entidades como o Movimento Negro Unificado
(o maior do gênero no país) organizam palestras e eventos educativos, visando
principalmente crianças negras. Procura-se evitar o desenvolvimento do
autopreconceito, ou seja, da inferiorizarão perante a sociedade.
Outros temas debatidos pela comunidade negra e
que ganham evidência no dia 20 de novembro são: inserção do negro no mercado
de trabalho, cotas universitárias, se há discriminação por parte da polícia,
identificação de etnias, moda e beleza negra, etc.
O dia é celebrado desde a década de 1970, embora
só tenha ampliado seus eventos nos últimos anos; até então, o movimento negro
precisava se contentar com o dia 13 de Maio, Abolição da Escravatura –
comemoração que tem sido rejeitada por enfatizar muitas vezes a
"generosidade" da princesa Isabel, ou seja, ser uma celebração da
atitude de uma branca.
A semana dentro da qual está o dia 20 de novembro
também recebe o nome de Semana da Consciência Negra.
Então, comemorar o Dia Nacional da Consciência
Negra nessa data é uma forma de homenagear e manter viva em nossa memória
essa figura histórica. Não somente a imagem do líder, como também sua
importância na luta pela libertação dos escravos, concretizada em 1888.
Porém, hoje as estatísticas sobre os brasileiros
ainda espelham desigualdades entre a população de brancos e a de pretos e
pardos.
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O BRASIL NEGRO
ZUMBI - REI DOS PALMARES
Nascido por volta de 1656. Morto em
20 de novembro de 1695
BIOGRAFIA
Aqualtune teve filhos que se
tornaram chefes de mocambos, Ganga Zumba e Gana Zona, e teve também filhas, e
uma delas deu-lhe um neto, nascido quando Palmares esperava um ataque
holandês. Os negros cantaram e dançaram muito, pedindo aos deuses que o
menino crescesse bravo e forte. E, para sensibilizar o deus da Guerra, deram
ao menino o nome de Zumbi.
Enquanto Palmares cresce e se
fortalece, também assim acontece com Zumbi, em Porto Calvo. Porém, aos quinze
anos, resolve se emancipar e parte em busca de seu destino, e este estaria
mata adentro, muitas léguas dali. Em algumas versões da história de Zumbi, ao
chegar em Palmares, ele escolhe seu próprio nome. Aos dezenove anos, era
chefe de um mocambo (ou aldeia).
Ativo e muito instruído para a
época, ganha a confiança de todos e é nomeado o comandante das armas pelo seu
tio Ganga Zumba, na ocasião o líder supremo de Palmares. Nas lutas travadas
entre os negros, em 1674, Zumbi surge como grande guerreiro, chefe valente,
disposto a tudo. Nesse combate, o jovem chefe leva dois tiros, ficando coxo,
mas continua a combater.
Seu nome e sua coragem começavam a
virar lenda. Porém, alguns mocambos foram sendo derrotados e muitos negros
acabavam por se entregar. Após Ganga Zumba ter aceito o acordo proposto pelo
governador de Pernambuco, Pedro de Almeida, que dizia que os negros e índios
nascidos em Palmares se tornariam livres, e os que fossem fugidos deveriam
voltar a seus donos, ele volta feliz a Palmares, mas Zumbi não concorda.
Para ele, não se trata somente de
viver livre, mas de libertar os ainda escravos. É a prudência e a sabedoria
de Ganga Zumba contra a ousadia e o entusiasmo de Zumbi. Ganga Zumba é morto
por envenenamento e a suspeita caiu sobre o próprio Zumbi, que ocupa o lugar
do rei. Até mesmo os portugueses reconheciam : "Negro de singular valor,
grande ânimo e constância rara".
Sua valentia era lendária dentro da
cruel realidade de guerra, uma guerra onde os negros não conseguem mais armas
ou pólvora, a não ser a que tomam do inimigo. O rei de Portugal ainda mandou
oferecer as pazes a Zumbi duas vezes. Editais são espalhados por todas as
vilas e vizinhanças. Poderia morar aonde quisesse, era só parar de lutar
contra a escravidão: tem que ter escravo; sem escravo não tem açúcar, sem
açúcar não tem Brasil, sem Brasil não tem Portugal.
Mas Zumbi pensava diferente: não
precisa ter escravo; pode ter açúcar sem escravo, pode ter Brasil sem açúcar.
E Portugal que se vire. Não havendo acordo, as lutas se acirraram. Zumbi
resiste nas matas mês após mês, ano após ano. Em 1686, outro governador, nova
tentativa. São vários grupos com mais de mil homens e com munição suficiente
para uma guerra.
São comandados pelo bandeirante
Domingos Jorge Velho, que tomaria para si as terras de Palmares, caso
conseguisse derrotar Zumbi. Foi uma guerra dura e sangrenta. Palmarinos
haviam construído uma muralha enorme para proteger o quilombo, e do lado de
fora, Zumbi mandou abrir um fosso, disfarçado com galhos e folhas. Quem
tentava ser aproximar, caía lá dentro. Os palmarinos e suas mulheres, de cima
das cercas, lançavam água fervente sobre os atacantes. De um lado para o
outro, Zumbi gritava aos seus homens, convidando-os a morrer em liberdade.
Ele é baleado e mesmo assim
continua lutando. Sua abnegada resistência levou a luta a se transformar em
um massacre de incríveis proporções. A corte não escolhe: homens, mulheres e
crianças vão ficando pelo chão. Ao raiar do dia 7 de fevereiro de 1694, só há
mortos e feridos. Os homens de Domingos Jorge Velho começam a procurar Zumbi,
mas não encontram seu corpo.
Mais de um ano depois, um negro,
prestes a ser executado, troca sua vida pela informação do paradeiro de
Zumbi. E assim foi: o encontraram e renderam com mais de vinte homens e no
dia 20 de novembro de 1695, André Furtado de Mendonça corta a cabeça daquele
que foi o mais destemido rei e guerreiro, neto da princesa Aqualtune: nascido
livre e morto por querer a liberdade de seu povo.
Um herói brasileiro. A notícia se
espalhou entre os milhares de escravos que não acreditaram: Zumbi morto?
Impossível! Um deus da guerra não pode morrer. E do fundo das noites cantavam
para dar força e vigor ao rei de Palmares: "Zumbi, Zumbi, oia
Zumbi..."
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BIOGRAFIA CAROLINA MARIA DE JESUS
Carolina Maria
de Jesus nasceu a 14 de Março de 1914 em Sacramento-MG, cidade onde viveu sua
infância e adolescência. Seus pais, provavelmente, migraram do Desemboque para
Sacramento quando houve mudança da economia da extração de ouro para as
atividades agropecuárias. Quanto a sua escolaridade em Sacramento, estudou em
um colégio espírita, que tinha um trabalho voltado às crianças pobres da
cidade, através da ajuda de pessoas influentes. Carolina estudou pouco mais de
dois anos. Toda sua educação formal na leitura e escrita é com base neste pouco
tempo de estudos.
Mesmo diante
todas as mazelas, perdas e discriminações que sofreu em Sacramento, por ser negra
e pobre Carolina revelou através de sua escritura a importância do testemunho,
como meio de denúncia, da desigualdade social e do preconceito racial.
Sua obra mais
conhecida, com tiragem inicial de dez mil exemplares esgotados na primeira
semana, e traduzida em 13 idiomas nos últimos 35 anos é "Quarto de Despejo-Diário
de uma favelada". Essa obra resgata e denuncia a realidade da favela do
Canindé, em São Paulo, no início da "modernização" da cidade e do
surgimento constante das periferias. Realidade cruel e perversa, até então
pouco conhecida. Essa literatura documentária, pela narrativa feminina, em
contestação, tal como foi conhecida e nomeada pelo jornalismo de denúncia dos
anos 50-60 considerada uma obra atual, pois a temática da conta de problemas
existentes até hoje nas grandes cidades. "Quarto de Despejo" inspirou
diversas expressões artísticas como a letra do samba "Quarto de
Despejo" de B. Lobo; como o texto em debate no livro "Eu te
arrespondo Carolina" de Herculano Neves; como a adaptação teatral de Edy
Lima; como o filme realizado pela Televisão Alemã, utilizando a própria
Carolina de Jesus
como protagonista do filme "Despertar de um sonho"
(ainda inédito no Brasil); e, finalmente, a adaptação para a série "Caso
Verdade" da Rede Globo de Televisão em 1983.
Carolina
sempre foi muito combativa, por isso era mal vista pelos políticos de esquerda
e direita quando começou a participar de eventos em função do sucesso de seu livro.
Por não agradar a elite financeira e política da época com seu discurso, acabou
caindo no ostracismo e viveu de forma bem humilde até os momentos finais de sua
vida.
Carolina foi
mãe de três filhos: João José de Jesus, José Carlos de Jesus e Vera Eunice de
Jesus Lima. Faleceu em 13 de Fevereiro de 1977, com 62 anos.
A obra de
Carolina Maria de Jesus é um referencial importante para os estudos culturais e
literários, tanto no Brasil como no exterior e representa a nossa literatura
periférica/marginal e afro-brasileira. Um exemplo de resistência, inteligência
e capacidade que fica pra sempre na história da nossa cultura.
Bibliografia :
Quarto de
Despejo 1960
Casa de
Alvenaria 1961
Pedaços de
Fome 1963
Provérbios
1963
Diário de
Bitita 1982 (Póstumo).
INFLUÊNCIA NEGRA NO BRASIL
Esse
texto abordará a influência da cultura negra africana no Brasil, como o samba,
a capoeira, o candomblé, a contribuição dos negros para a cultura brasileira.
O SAMBA
Gênero musical binário, que representa a própria identidade
musical brasileira. De nítida influência africana, o samba nasceu nas casas de
baianas que emigraram para o Rio de Janeiro no princípio do século. O primeiro
samba gravado foi Pelo telefone, de autoria de Donga e Mauro de Almeida, em
1917. Inicialmente vinculado ao carnaval, com o passar do tempo o samba ganhou
espaço próprio. A consolidação de seu estilo verifica-se no final dos anos 20,
quando desponta a geração do Estácio, fundadora da primeira escola de samba.
Grande tronco da MPB, o samba gerou derivados, como o samba-canção, o samba de
breque, o samba-enredo e, inclusive, a bossa nova.
A ESCOLA DE SAMBA
Uma
coisa é o samba. Outra, a escola de samba. O samba nasceu em 1917. A primeira
escola surgiu uma década mais tarde. Expressão artística das comunidades
afro-brasileiras da periferia do Rio de Janeiro, as escolas existem hoje em
todo o Brasil e são grupos de canto, dança e ritmo que se apresentam narrando
um tema em um desfile linear. Somente no Rio, mais de 50 agremiações se dividem
entre as superescolas e os grupos de acesso.
O
desfile das 16 superescolas cariocas se divide em dois dias (domingo e
segunda-feira de carnaval), em um megashow de mais de 20 horas de duração, numa
passarela de 530 metros de comprimento, onde se exibem cerca de 60 mil sambistas.
Devido à enorme quantidade de trabalho anônimo que envolve, é impossível
estimar o custo de sua produção. Uma grande escola gasta cerca de um milhão de
dólares para desfilar, mas este valor não inclui as fantasias pagas pela
maioria dos componentes, nem as horas de trabalho gratuito empregadas na
concretização do desfile (carros alegóricos, alegorias de mão, etc.). Com uma
média de quatro mil participantes no elenco, cada escola traz aproximadamente
300 percussionistas, levando o ritmo em sua bateria, além de outras figuras
obrigatórias: o casal de mestre-sala e porta-bandeira (mestre de cerimônias e
porta-estandarte), a ala das baianas, a comissão de frente e o abre-alas.
Primeira
escola de samba:
Deixa falar, fundada em 12 de agosto de 1928, no Estácio, Rio de Janeiro, por
Ismael Silva, Bide, Armando Marçal, Mano Elói, Mano Rubens e outros sambistas
(foi extinta em 1933).
Primeiro desfile oficial: Carnaval de 1935, vencido pela
Portela.
Capoeira
A capoeira é uma dança de luta, ritualizada e
estilizada, que tem sua própria música e é praticada principalmente na cidade
de Salvador, estado da Bahia. É uma das expressões características da dança e
das artes marciais brasileiras. Evoluiu a partir de um estilo de luta
originário de Angola. Nos primeiros anos da escravidão havia lutas permanentes
entre os negros e quando o senhor de escravos as descobria, castigava ambos os
bandos envolvidos. Os escravos consideravam essa atitude injusta e criavam
"cortinas de fumaça" por meio da música e das canções, para esconder
as verdadeiras brigas. Ao longo dos anos, essa prática foi sendo refinada até
se converter em um esporte sumamente atlético, no qual dois participantes
desfecham golpes entre si, usando apenas as pernas, pés calcanhares e cabeças,
sem utilizar as mãos. Os lutadores deslizam com grande rapidez pelo solo
fazendo estrelas e dando espécies de cambalhotas. O conjunto musical que
acompanha a capoeira inclui o berimbau, um tipo de instrumento de madeira em
forma de arco, com uma corda metálica que vai de uma extremidade à outra. Na
extremidade inferior do berimbau há uma cabaça pintada, que funciona como caixa
de som. O músico sacode o arco e, enquanto ressoam as sementes da cabaça, toca
a corda tensa com uma moeda de cobre para produzir um tipo de som único,
parecido com um gemido.
Candomblé
Festa
religiosa dos negros jeje-nagôs na Bahia, mantida pelos seus descendentes e
mestiços, é um culto africano introduzido no Brasil pelos escravos. Algumas de
suas divindades são: Xangô, Oxum, Oxumaré e Iemanjá, representando esta, por si
só, um verdadeiro culto.
As cerimônias religiosas do Candomblé, são realizadas de
um modo geral em terreiros, que são locais especialmente destinados para esse
fim, e recebem os seguintes nomes: Macumba no Rio de Janeiro, Xangô em Alagoas
e Pernambuco. As cerimônias são dirigidas pela mãe-de-santo, ou pai-de-santo.
Cada orixá tem uma aparência especial e determinadas preferências. O toque de
atabaque, uma espécie de tambor e a dança, individualizam um determinado orixá.
Os orixás são divindades, santos do candomblé, cada pessoa é protegida por um
dos orixás e pode ser possuída por ele, quando, então ela se transforma em
cavalos de santo.
Pratos
No
Nordeste a marca africana é profunda, sobretudo na Bahia, em pratos como
vatapá, caruru, efó, acarajé e bobó, com largo uso de azeite-de-dendê, leite de
coco e pimenta. São ainda dessa região a carne-de-sol, o feijão-de-corda, o
arroz-de-cuxá, as frigideiras de peixe e a carne-seca com abóbora, sempre
acompanhados de muita farinha de mandioca. A feijoada carioca, de origem negra,
é o mais tipicamente brasileiro dos pratos.
Autoria:
Erasmo Lopes
A luta do Negro
No
Brasil colonial os negros reagiram à escravidão:
- Evitando
filhos
- Suicidando-se
- Matando
feitores
- Fugindo
pelos quilombos
Os castigos
A
liberdade é própria do ser humano. Durante a historia da humanidade só foi
possível manter a escravidão através de muita violência praticada contra os
escravos. No Brasil, também foi assim.Apesar de trabalharem de 14 a 16 horas
diárias e de realizarem todas as tarefas necessárias à existência e ao
funcionamento do engenho, os escravos eram castigados por qualquer falta
cometida.A cada falta correspondia um tipo de castigo. Por exemplo: o escravo
que desobedecia ao feitor era punido com um chicote de couro cru chamado
bacalhau.Aquele que fugia era marcado na testa com um F(fujão), escrito com
ferro em brasa. Quando o escravo marcado fugia pela segunda vez, cortavam-lhe
uma orelha.
O começo
O
comercio começou a ser feito pelos portugueses a partir de 1441. Conforme esse
negocio foi crescendo, essa tarefa passou a ser feita pelos aze negues, homens
de diversas cores e origens.Os negros capturados seguiam a pé, amarrados uns
aos outros, até as feitorias que os comerciantes portugueses erguiam no litoral
africano.Uma grande parte deles foi trazida para o Brasil, o país que mais
recebeu escravos da América.
A abolição da Escravatura
Dois
conceitos históricos são entendidos por abolição da escravatura: o conjunto de
manobras sociais e políticas empreendidas entre o período de 1870 à 1888 em
prol da libertação dos escravos, e a própria promulgação da lei Áurea, assinada
pela princesa Isabel em 13 de maio de 1888 promovendo a abolição do regime
escravista.Mas na verdade foi um movimento social e político ocorrido em 1870 e
1888 que defendia o fim da escravidão no Brasil. Terminada com a promulgação da
lei Áurea, que extingue o regime escravista originário da colonização.
Movimento Abolicionista
O
movimento abolicionista, especialmente a partir de 1870, formado por pessoas
das cidades que não tinham muita necessidade de escravos e estavam antenadas
com as ideias e noticias de fatos que chegavam da Europa e dos Estados Unidos.Portanto
o trabalho escravo só foi abolido no Brasil porque os interesses econômicos
eram outros: necessitava-se de novos mercados consumidores e com a proibição do
trafico negreiro pelos mares também contribuiu para que a escassez e o
enriquecimento da mão de obra escrava que tornava inviável sua utilização.
A abolição da Escravidão no Brasil
Até
os meados do século XIX, a maioria dos trabalhadores brasileiros, era formada
de escravos africanos e afrodescendentes.
A
partir de 1850, com a proibição do trafico negreiro e a entrada de imigrantes,
o numero de cativos foi diminuindo até que a escravidão passou a ser proibida,
em 1888. O trabalho dos escravos estava sendo substituído pelo trabalho livre
nas fazendas do interior paulista.
Havia
muitos fazendeiros que não queriam que a escravidão acabasse, e eles impediam
qualquer grande investida abolicionista.
Em
1870 se desenvolve no país o chamado movimento abolicionista, formado por
pessoas das cidades que não tinham muita necessidade de escravos e estavam
“ligados” às ideias e noticias de fatos que chegavam da Europa e dos EUA.
Depois
de 1850, o escravo passou a ser uma mercadoria bastante cara e preciosa. O
senhor teve que adotar em relação ao escravo uma postura diferente. Em consequência
disso, surgem as primeiras leis protetoras em relação ao escravo.
O
fim da escravidão
O
fim da escravatura, porém não melhorou a condição social e econômica dos escravos.
Sem a formação escolar nem profissão definida, para a maioria deles, a simples
emancipação Júndica não muda sua condição muito menos ajuda a promover sua
cidadania ou ascensão social.
No
dia 13 de maio de 1888, sem suportar tanta pressão, o Brasil declara “fim à
escravidão”. Quem assina a lei Áurea é a princesa Isabel, já que D. Pedro II
estava fora do Brasil. Agora o fim do império estava muito próximo. A
escravidão, que sustentava o reinado, ia acabar sendo a principal responsável
pelo seu fim.
A
lei Áurea não é mais comemorada com a mesma alegria de antigamente, nem mesmo
pelos negros, principais beneficiados. Participantes do movimento negro no
Brasil, consideram que foi apenas uma conquista na área jurídica, pois obrigou
o fim da escravidão, mas não houve conquista social, os negros permaneceram
marginalizados na sociedade e até hoje lutam contra esse preconceito.
Autoria: Micaelle Rodrigues
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