Páginas

segunda-feira, 12 de outubro de 2015

A REAL CAUSA DA VIOLÊNCIA ( 8º ano D)



A REAL CAUSA DA VIOLÊNCIA


Quando se fala de crimes e violência urbana normalmente nos referimos aos atos em desacordo com o chamado senso comum, que varia com a localidade, ou em desacordo com as leis divinas, se você é religioso. Os atos ilegais vão de um simples avanço de sinal de trânsito, até crimes hediondos cometidos contra outros seres humanos. Os atos mais simples normalmente passam despercebidos por nós e pelas autoridades em função do crescimento de atos hediondos. 
Mas não lembramos que todos os atos de violência têm um ponto comum e uma origem principal, os seres humanos, as pessoas. Sim, o principal autor, culpado e vítima é a pessoa. Os seres humanos são egoístas, violentos, gananciosos e orgulhosos. Com isso, eles pensam primordialmente em seu bem estar, em tirarem vantagem, em demostrarem superioridade em relação aos outros, em terem mais que os outros, em fazerem o que querem, como querem e quando querem, mesmo que isso implique em desrespeitar os direitos dos outros. Assim os desrespeitos mais simples são considerados irrelevantes de tanto que se repetem, e apenas os erros mais graves ou chocantes são condenados. Aí está a base para a crescente degeneração do tecido social.
O crescente desrespeito as regras básicas de convivência nos leva a uma degeneração da qualidade de vida, a destruição do convívio social e ao isolamento dos indivíduos. Aquelas regras simples repassadas por nossos avós  estão em desuso e ações como: cumprimentar os vizinhos, respeitar os idosos, agradecer as pessoas, pedir licença, falar baixo e com educação, entre outras, viraram uma ofensa. Hoje, as pessoas vêem as outras como possíveis ameaças a sua segurança, ao seu bem estar ou aos seus bens materiais. 
Além do desrespeito as regras de convívio social, existe o constante desrespeito as  leis que fazem nossas vidas e cidades ficarem melhores. Leis simples como não jogar lixo nas ruas, não colocar som alto após as 22hs ou em locais proibidos, não promover festas ou eventos que causem perturbação a vizinhança, ou não depredar bens públicos e privados. Esses delitos "simples", na verdade só refletem o quão mal educada, desrespeitosa e egocêntrica é uma pessoa. Soma-se aí milhares de outras fazendo o mesmo, e a vida das pessoas que tentam ser educadas se torna um inferno, afinal quem faz o certo não é visto. 
Essa má educação, que em outros tempos era vista como coisa de "gente favelada", se propagou nas classes  média e alta, que estão replicando esse comportamento controverso. Como resultado dessa degeneração social, temos os crimes mais graves, que são fruto da má educação, da perturbação mental, e do instinto predatório e violento do ser humano. As armas, as drogas, o dinheiro, os bens materiais, não são os reais geradores da violência. O gerador da violência é o homem! O ser humano não é capaz de lidar com as necessidades e dificuldades da vida sem recorrer a meios ilícitos, destrutivos ou nocivos. Sem se drogar, sem querer levar vantagem em tudo, sem passar o seu irmão pra traz para ter um pouco mais de dinheiro, sem causar dor a um ou mais seres humanos apenas por um doentio prazer momentâneo. 
Os homens, em sua grande maioria, ainda são prisioneiros de seus instintos primitivos e não sabem viver com respeito, paz, saúde e dignidade. Eles ainda necessitam ser controlados e guiados para que a sociedade não se destrua de vez. Esse controle da maioria, do povão, é feito normalmente pelas religiões e pelo Estado. O problema é que tipo de pessoas controlam as religiões e que tipo estão nos governando? Pessoas tão ruins e problemáticas quanto as piores da sociedade...Ou pessoas de bem, que tem o interesse na evolução e crescimento da população?
Parece que uma sociedade de vida digna, feliz e de evolução para todos é uma utopia cada vez mais distante de se alcançar. Nas últimas quatro décadas de minha vida tenho visto a tecnologia evoluir de modo expressivo e a sociedade lamentavelmente regredir. Antes as cidades tinham favelas, agora as favelas têm cidades.

Nenhum comentário:

Postar um comentário