Violência
no trânsito
Transitar é um direito de todo ser livre.
Entretanto, nem sempre esse simples ato é possível de se realizar sem risco de
vida. As avenidas, ruas e rodovias brasileiras se transformam em verdadeiro
caos, pelo mais variados motivos.
O cotidiano nas grandes cidades é bastante
estressante, principalmente para quem passa o dia enfrentando engarrafamentos e
imprudências de motoristas. São questões como essas que provocam acidentes,
aborrecimentos e até atitudes muito violentas.
As leis brasileiras para o trânsito são
rigorosas, mas nem sempre são cumpridas. As regras já foram transformadas em um
manual de procedimentos para facilitar a vida dos motoristas e pedestres. Mas
essa medida não é suficiente, porque a sociedade precisa se conscientizar de
sua responsabilidade com o bem comum. É uma questão de cidadania e de ética,
porque envolve direitos, deveres, consciência e valores, como respeito mútuo e
solidariedade.
Podemos citar vários itens que precisam ser
revistos quanto á educação no trânsito.
Começando nas famílias que facilitam o manuseio do carro por seus jovens
desabilitados. Depois, poderíamos abordar o tema alcoolismo, que é uma das
causas da violência no trânsito. São adultos que dirigem embriagados e que
servem de modelo para menores. Outros pontos que poderíamos estudar são a
manutenção de veículo, o uso do obrigatório do cinto de segurança, o uso do
celular, música alta, sono incontrolável... que são também causas de acidentes.
Mas há uma questão ética, talvez a mais
importante, que é o respeito. Há ainda a falta de consciência de muitos
motoristas, independente da idade, que estacionam mal, andam em velocidade alta
ou baixa demais em faixas erradas, ou de motoristas que conversam muito e se
distraem, outros que não sabem parar para que alguém atravesse ou, ainda, os
que passam no sinal vermelho.
Existem ainda os motoristas que buzinam por
qualquer motivo, irritando os outros, em locais proibidos 9 próximos a
hospitais, por exemplo), ou querendo impressionar porque seu veículo é maior.
O fato é que, no meio dessa confusão de rodas,
estão pessoas cansadas, tensas, agressivas, despreparadas para convivência e
que , às vezes, estão esperando uma situação para descarregar suas emoções e,
por isso, podem causar danos irreparáveis à sua vida ou a vida do semelhante.
A situação de engarrafamentos é, segundo
estudiosos, um dos mais expressivos motivos para o chamado “estresse no
trânsito”. Foi esse tipo de esgotamento mental que levou, em maio de 1998, a um
dos crimes mais banais que a sociedade já assistiu. Uma discussão durante o
engarrafamento na Av. Agamenon Magalhães, no
Recife, Pernambuco, provocou morte e desespero.
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