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sexta-feira, 2 de maio de 2014

Textos e Interpretação 6° e 7º anos

                                  Texto:  LIBERDADE

                Deve existir nos homens um sentimento profundo que corresponde a essa palavra LIBERDADE, pois sobre ela se têm escrito poemas e hinos, a ela se tem levantado estátuas e monumentos, por ela se tem até morrido com alegria e felicidade.

               Diz-se que o homem nasceu livre, que a liberdade de cada um acaba onde começa a liberdade de outrem; que onde não há liberdade não há pátria; que a morte é preferível à falta de liberdade; que renunciar à liberdade é renunciar à própria condição humana; que a liberdade é o maior bem do mundo; que a liberdade é o oposto à fatalidade e à escravidão; nossos bisavós gritavam: “Liberdade, Igualdade, Fraternidade!”; nossos avós cantaram: “Ou ficar a Pátria livre/ ou morrer pelo Brasil!”; nossos pais pediam: “Liberdade! Liberdade!/ abre as asas sobre nós”, e nós recordamos todos os dias que “o sol da liberdade em raios fúlgidos/ brilhou no céu da Pátria...” – em certo instante.

          Somos, pois, criaturas nutridas de liberdade há muito tempo, com disposições de cantá-la, amá-la, combater e certamente morrer por ela.

                Ser livre – como diria o famoso conselheiro... é não ser escravo; é agir segundo a nossa cabeça e o nosso coração, mesmo tendo de partir esse coração e essa cabeça para encontrar um caminho... Enfim, ser livre é ser responsável, é repudiar a condição de autômato e de teleguiado – é proclamar o triunfo luminoso do espírito. (Suponho que seja isso.)

                Ser livre é ir mais além: é buscar outro espaço, outras dimensões, é ampliar a órbita da vida. É não estar acorrentado. É não viver obrigatoriamente entre quatro paredes.

                Por isso, os meninos atiram pedras e soltam papagaios. A pedra inocentemente vai até onde o sonho das crianças deseja ir. (Às vezes, é certo, quebra alguma coisa, no seu percurso...)

                Os papagaios vão pelos ares até onde os meninos de outrora (muito de outrora!...) não acreditavam que se pudesse chegar tão simplesmente, com um fio de linha e um pouco de vento!...

                Acontece, porém, que um menino, para empinar um papagaio, esqueceu-se da fatalidade dos fios elétricos e perdeu a vida.

                E os loucos que sonharam sair de seus pavilhões, usando a fórmula do incêndio para chegarem à liberdade, morreram queimados, com o mapa da Liberdade nas mãos!...

                São essas coisas tristes que contornam sobriamente aquele sentimento luminoso da LIBERDADE. Para alcançá-la estamos todos os dias expostos à morte. E os tímidos preferem ficar onde estão, preferem mesmo prender melhor as suas correntes e não pensar em assunto tão ingrato.

                 Mas os sonhadores vão para a frente, soltando seus papagaios, morrendo nos seus incêndios, como as crianças e os loucos. E cantando aqueles hinos, que falam de asas, de raios fúlgidos – linguagem de seus antepassados, estranha linguagem humana, nestes andaimes dos construtores de Babel...

                        MEIRELLES, Cecília. Escolha o seu sonho: crônicas. Rio de Janeiro: Record, 2002, p. .

01. O texto afirma que

          (A) a escravidão depende das escolhas das pessoas.

(B) a liberdade de um acaba onde começa a liberdade de outrem.

(C) as criaturas combatem a liberdade com entusiasmo juvenil.

(D) os sentimentos sombrios deslumbram a liberdade.

 02. O resultado de ser livre é



(A) ampliar a órbita da vida.

(B) cantar a liberdade como nossos avós.

(C) viver sem sonhar.

(D) viver sem qualquer obrigação.



03. A liberdade é tão fundamental ao homem que



(A) certamente se prefere a morte à liberdade.

(B) com liberdade tudo se consegue na vida.

(C) onde não há liberdade não há pátria.

(D) sem liberdade não se constrói coisa alguma.



04. Em “Ser livre é ser responsável, é repudiar a condição de autômato e de teleguiado (....)”, os termos destacados se referem a pessoas que

(A) comportam-se de forma imprevisível.

(B) desobeem às regras e às convenções. .

(C) fazem só o que os outros lhes determinam

(D) sabem muito bem o que devem realizar.



05. No segundo parágrafo do texto, entende-se que a Liberdade é

 (A) a inspiração para cantos antigos e

(B) o bem mais precioso do homem.

(C) um bem esquecido por nossos parentes.

 (D) uma luta que, às vezes, vale a pena travar.



06.A questão central tratada no texto é

.

(A) a emoção dos antepassadas.

(B) a felicidade das pessoas

(C) a liberdade humana.

(D       D) o combate à escravidão.



MINHAS FILHAS



Minhas filhas eu vejo que são três

                                                   E cada qual é da beleza irmã,

   Se eu quero Lúcia, muito quero Inês

  Vendo a meiguice da primeira filha,







Vendo a meiguice da primeira filha

                 Vejo a segunda que me prende e encantada,

  A mesma estrela que reluz e brilha,

       Se olho a terceira, vejo a mesma santa



Se a cada uma com fervor venero,

                                                 Fico confuso sem saber das três

      Qual a mais linda e qual mais eu quero

     Se  é Miriam, se é Lúcia ou se é Inês.


 E já velho, a pensar de quando em quando

                                                 Que brevemente voltarei ao pó,

                                                 Eu sou feliz e morrerei pensando

      Que as três filhas que tenho é uma só.



PATATIVA DO ASSARÉ. Antologia Poética. 4.ed. rev. Fortaleza: Demócrito Rocha, 2004. p.233. 7.



07.        Para o velho, a primeira filha se destaca pela

(A) beleza.

(B) comportamento

(C) meiguice.

(D ) Obediência



08.Ao dizer “brevemente voltarei ao pó”, o velho revela que

(A) reconhece que seu fim está próximo.

(B) sabe das dificuldades da sua sobrevivência

(C) sente necessidade de se afastar de casa

(D ) Vai percorrer estradas empoeiradas



09. “Minhas filhas” é um poema porque está organizado em

(A) orações e versos.

(B) versos e estrofes.

(C) parágrafos e estrofes.

(D) períodos e parágrafos.





                                 O MAIOR TATU DO MUNDO

             Brincar de esconde-esconde é divertido. Agora, se o tatu-canastra resolve participar da brincadeira, fica difícil competir com ele. Ele é o maior tatu do mundo atualmente. Mede, aproximadamente, um metro e meio de comprimento e pesa cerca de 40 quilos. Seria fácil encontrá-lo, se as suas tocas (ou abrigos) não fossem tão grandes: elas chegam a medir mais de cinco metros de extensão, e o Priodontes maximus pode ficar lá escondido por mais de quinze dias. Será que alguém consegue esperar tanto tempo assim para ver o tatu-canastra? Pois, para observar e estudar essa espécie, os pesquisadores esperam até mais, se for preciso.

Normalmente, o tatu-canastra escolhe ninhos abandonados de cupins ou de formigas para construir a sua toca. As suas unhas enormes e curvas – que podem medir até 20 centímetros – fazem dele um ótimo cavador. Para quebrar o ninho de animais, como as formigas e os cupins, e alimentar-se, essa espécie de tatu usa a sua língua comprida. Seu prato preferido são insetos, mas, também, come aranhas, pequenas cobras, vermes e larvas. Tudo isso é mastigado com o auxílio dos seus 80 pequenos dentes.

             Como a maioria das 20 espécies de tatus que existem, o tatu-canastra tem o corpo coberto de placas ósseas, como se fosse uma armadura, e possui pou

cos pêlos.

             O Priodontes maximus é um animal solitário. Gosta de sair à noite para procurar alimento e namorar. Essa espécie pode ter até dois filhotes por cria.      

            Quando é incomodado, o tatu-canastra deita-se no chão com a barriga para cima e tenta se defender com as patas anteriores. Para escapar do perigo, é capaz de se enterrar em poucos minutos.

             Devido ao desmatamento, ao desenvolvimento das plantações e criações de gado, o habitat do tatu-canastra, bem como de muitos outros animais, vem sendo reduzido. A caça ao animal, que tem uma quantidade de carne abundante, também contribui para diminuir suas populações. Os seringueiros da Amazônia costumam até dizer que comer carne desse tatu dá azar! Só se for para o próprio, não é mesmo?

            Para evitar a extinção do tatu-canastra, é preciso proteger os ambientes em que ele vive e, também, realizar estudos para se conhecerem melhor os hábitos dessa espécie brasileira.

BOCCHIGLIERI, Adriana; REIS, Marcelo Lima. O maior tatu do mundo.

Ciência Hoje das Crianças, Rio de Janeiro, ano 18, n.161, set. 2005.

12. Em geral, o tatu-canastra

(A) aumenta a sua população constantemente.

(B) é o maior animal da sua espécie atualmente.

(C) é um animal de hábitos diurnos por excelência.

(D) gosta de viver em grupos de animais silvestres.



13. Em “Seria fácil encontrá-lo (parágrafo 1), o termo destacado se refere

(A) a qualquer tatu.

(B) ao abrigo do tatu.

(C) ao predador do tatu.

(D) ao tatu-canastra.



14. Depois de os cupins e as formigas abandonarem seus ninhos, o tatu-canastra

(A) amplia-os para criar todos os seus filhotes.

(B) destrói-os para defender-se. s.

(C) diminui-os para torná-los mais aconchegante

(D) escolhe-os para fazer deles a sua moradia.



15. Uma das conseqüências do desmatamento é a redução do

 (A) habitat de muitos animais silvestres.

(B) número de filhotes do tatu-canastra.

(C) ciclo de vida das espécies inferiores.

(D) interesse pela vida de animais menores.



16.A linguagem empregada no texto é

 (A) clara e objetiva. a.

(B) coloquial e mal-humorada.

(C) formal e ultrapassa

(d) literária e cuidada.



17. O texto trata, especialmente,

(A) das preferências alimentares do tatu-canastra.

(B) do aumento da população do tatu-canastra na Amazônia.

(C) do habitat preferencial e dos hábitos alimentares do tatu-canastra.

(D) dos hábitos e dos perigos para a espécie do tatu-canastra.



.

CÃES E GATOS SUPERAM O NÚMERO DE FILHOS

Custo para criar uma criança faz com que famílias optem por animais.



        July, Princesa, Bingo, Laica, Negão, Nana e Lua são os “filhos mais novos” da motorista de transporte escolar Roseli de Souza Almeida, 47. Como muitas mães paulistanas, Roseli parou de ter filhos na década de 90 e, desde então, não pára de criar cachorros. “Depois que a gente tem filho, vê como é bom ter cachorro”, conta. A mais nova, Lua, tem apenas um ano e meio.

        Seus dois filhos, Nathália, 17, e Rafael, 20, gostam das companhias e ajudam a mãe a cuidar dos sete animais. “Eles sempre estão do seu lado. Se você fica triste, eles percebem e ficam perto; se você chega tarde, eles o recebem abanando o rabo”, afirma Roseli.

         Ela conta que não teve mais filhos por conta das altas despesas e da dificuldade que há em educar uma criança. Questionada se tem vontade de criar mais cachorros, Roseli diz que sim caso tivesse mais espaço em casa. Já filhos, “iria pensar muito”, responde.

         São muitas as famílias que possuem mais cães que filhos em São Paulo. Em alguns bairros, a impressão é de que o número de cachorros e gatos já ultrapassa o de crianças. Esse, no entanto, é um cálculo difícil de fazer porque nem todos os animais domésticos possuem o Registro Geral do Animal (RGA), feito pelo Centro de Controle de Zoonoses da Prefeitura. Segundo Elizabete Aparecida da Silva, veterinária do Centro de Controle e Zoonoses, o número de RGAs é de 329 mil.

        Ela afirma, no entanto, que a estimativa é de que haja um cão para cada sete habitantes, e um gato para cada 46 habitantes em São Paulo. Se essa estimativa estiver correta, trata-se de uma população de 1,5 milhão de cães e de 297 mil gatos em 2004.

        Na casa da artista visual Andrea Costrakazawa, 34, ela, seu marido e a sua única filha, de 10 anos, dividem o espaço com dois cachorros e três gatos. Já a jornalista Mari Maellaro, 37, tem dois filhos e quatro cachorros e pretende aumentar a família canina. “Cachorro é mais fácil de cuidar do que de filho. Não se tem que pagar escola nem roupa, nem vai para balada e volta tarde.”

CÃES e gatos superam o número de filhos. Folha de São Paulo,

São Paulo, 4 set. 2005. p.C7.

18. Muitas famílias paulistas, hoje em dia, preferem

(A) cachorros a filhos.

(B) crianças a gatos.

(C) filhos a cachorros.

(D) pessoas a animais.



19. Em “Se essa estimativa estiver correta (....)”, a expressão destacada se refere à

(A) preferência dos paulistas por famílias numerosas.

(B) proporção entre cães, gatos e habitantes em São Paulo.

(C) quantidade de filhos das famílias paulistanas.

(D) população de cachorros em São Paulo.

20. Segundo a declaração de Roseli Almeida, só se fica sabendo “como é bom ter cachorros”

(A) antes de nascerem os filhos.

(B) depois que a gente tem filhos.

(C) enquanto os filhos são bebês.

(D) quando os filhos vão para escola.



21. A jornalista Mari Maellaro é de opinião que é mais fácil cuidar de cachorro do que de filho” porque os cães

.

(A) aumentam de número de uma hora para o.

(B) convivem bastante bem com as pessoas.

(C) economizam com roupas e com escola

(D) são muito fáceis de registrar no RGA.




                                              








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