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segunda-feira, 10 de agosto de 2015

PROJETO LITERÁRIO



IDENTIFICAÇÃO:

Colégio Municipal José Mendes de Andrade
·           Rua Edgar Argolo, 48 – Democracia

portalis-150
Público Alvo:
  • 6º ao 9º Anoportalis-150

Tempo de duração do projeto:
  • III E IV  Unidades

Professoras:
  • Elania Silva Ferreira
  • Edleusa Ferreira Lima
  • Geneilza Rocha Nascimento 
  • Noélia Félix
  • MariaSílvia R. Carvalho


Equipe Gestora:
·        Luciene Melo de Araújoportalis-150portalis-150 (Diretora)
·        Luciana Bidu dos Santos  ( Vice-diretora)
·       Caroline Teles ( Coordenadora)





1.    APRESENTAÇÃO

A leitura e a escrita são ações primordiais no século XXI. Estamos inseridos numa evolução tecnológica que eclode velozmente e nossos jovens acompanham tais ações. De certa forma, os jovens leem mais, escrevem mais diante das demandas moderna, contudo, detém atenção apenas a temáticas que lhes interessam.
Vivemos numa cultura predominantemente escrita, num mundo permeado por diferentes objetos escritos, impressos ou virtuais, que exercem sobre nós uma constante interação através da ação leitora.
Diante desse cenário, nós, educadores devemos aproveitar tal situação para incentivarmos os jovens adentrar no mundo da leitura e escrita sistemática, posto que os mesmos têm utilizados tais práticas, mas informalmente.
 Sendo assim, nasce o projeto: “Ariano Suassua: Arte, Música e movimento” para incentivar no Colégio José Mendes de Andrade a leitura e a escrita, e a maifestação artística por meio de teatro e música. Sabe-se que a escola é o local para o desenvolvimento das potencialidades dos indivíduos que nela ingressam. Ela é o lugar onde diversas crenças e valores culturais convivem.  O aluno não chega vazio e não precisa ser moldado. Todavia, a formação integral do educando passa por um bom relacionamento entre a sua comunidade e a escola.

A escola é um ambiente privilegiado por garantir muito contato com os livros. Entretanto, habilitar-se como leitor depende não apenas das oportunidades de acesso que se venha a ter aos livros em sua diversidade e riqueza de quantidade, nem da exercitação e riqueza de quantidade, nem da exercitação de uma capacidade supostamente especial da interpretação de textos. Isso vai além. Passar a gostar ou a detestar a leitura, tem a ver com a qualidade das interações com aquele que media os encontros com os textos e, também, com as situações em que as leituras ocorrem.
Valorizar o contexto sociocultural dos discentes é uma forma de estimulá-los de forma agradável, por isso tal projeto focará em poetas e escritores selecionados pelos educandos e também o dramaturgo, romancista, ensaísta e poeta brasileiro: Ariano Suassuna.
Além disso, apresentar ou reapresentar tal artista, neste ano, é uma oportunidade de  valorizar e tornar mais evidente os vários aspectos da cultura do Nordeste brasileiro, desenvolvendo todas as formas de expressão populares da região. Almeja-se também, explorar os diversos gêneros textuais: Poemas, Memórias Literárias e Crônicas na sala de aula, seguindo as orientações das Olimpíadas de Língua Portuguesa, realizando um trabalho interdisciplinar, que inicia desde a biografia do poeta, a arte, música, cultura e também a valorização da comunidade local.


2.    FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA


A leitura é um passaporte para a vida. É uma atividade permanente da condição humana, uma habilidade a ser adquirida desde cedo e treinada em suas várias formas. De acordo com Freire:

Um leitor que possui um repertório mais vasto poderá acionar um processo de dialogismo mais apurado e, portanto, depreenderá muito mais sentidos do texto. Ler é ampliar a percepção. Ler é ser motivado à observação de aspectos da vida que antes nos passavam despercebidos. (FREIRE, 1998, p. 18).
Não se forma bons leitores se eles não têm um contato íntimo com textos. Há diversas formas de realizar tais contatos: o imprescindível é que o material escrito apresentado aos educandos desperte a curiosidade deles.

       Para Paulo Freire, “um acontecimento, um fato, um efeito, uma canção, um gesto, um poema, um livro se acham sempre envolvidos em densas tramas, tocados por múltiplas razões de ser”. Por esse motivo, um texto deve ser lido a partir de seu contexto, o que inclui um contexto ainda maior no qual interessa muito mais a compreensão do processo, em que a circunstância e como as coisas ocorrem, do que o produto final, o texto em si.
É notório que todo trabalho envolvendo leitura e escrita precisa apoiar-se ao mesmo tempo em valores didáticos e pedagógicos numa perspectiva colaborativa tal como preconiza Maria Tereza Freitas (2003) Nenhum conhecimento é construído pela pessoa sozinha, mas sim, em parceria com os outros que são os mediadores.
Partindo dessa premissa, apresentar e estudar a biografia e as obras de Ariano Suassuna será uma oportunidade ímpar de realizar atividades contextualizadas e atraentes aos alunos, com utilizações de todos os recursos disponíveis na instituição escolar.
                                                      
            Ler é, sobretudo, um hábito de quem é estudante e daquele que aprendeu a ler. A leitura abre espaço para o entender, aprender e pensar. Aparecida (2012) afirma que:
Ler e escrever são duas aprendizagens essenciais de todo o sistema de instrução pública. Um cidadão que não tenha essas duas habilidades está condenado ao fracasso escolar e à exclusão social. (APARECIDA, 2012).

            Dante disso, devemos nos atentar à nossa prática educacional para não corroborarmos com o fracasso escolar e concomitantemente com a exclusão social que é tão exorbitante no nosso país.
            Segundo Cazden (1987 p. 169), leitura é um conjunto de processos paralelos em interação que atendem simultaneamente a níveis diferentes da estrutura do texto, é também um processo construtivo. Diz ainda que a mente dos leitores não é uma tábula rasa na qual o significado das palavras e orações são passivamente registrados.
            Nota-se que é primordial um trabalho sistematizado levando em consideração tais práticas. Alguns equivocadamente acreditam que a prática educativa restringe apenas ao acesso ao código alfabético. Todavia o papel do professor é muito mais abrangente. Se nos detivermos apenas ao código alfabético, contribuiremos para a formação de analfabetos funcionais, algo muito comum na nossa atualidade, alunos que leem, mas não conseguem apreender a mensagem transmitida. A produção e compreensão de textos vão além do que criar uma redação a partir de um tema indicado ou realizar uma leitura compartida na sala. Pois como afirma Aparecida (2012), “A escrita e leitura de textos são atividades humanas que implicam dimensões sociais, culturais e psicológicas e mobilizam todos os tipos de capacidade de linguagem”.

Diante disso, nota-se que é por meio da leitura que o ser humano consegue se transportar para o desconhecido, explorá-lo, decifrar os sentimentos e emoções que o cercam e acrescentar vida ao sabor da existência. Pode então, vivenciar experiências que propiciem e solidifiquem os conhecimentos significativos de seu processo de aprendizagem.
Paulo Freire diz que:
O livro transmite pensamentos, traduz emoções, estimula a imaginação e o sonho, permite que a vivência cotidiana se transforme em um mundo cheio de encantos e seduções, dando à vida um sentido intelectual e espiritual de inestimável valor (FREIRE, 1998, p. 45).
Neste sentido pensamos ser dever, de nossa instituição de ensino, juntamente com professores e equipe pedagógica propiciar aos nossos educandos momentos que possam despertar neles o gosto pela leitura, o amor ao livro, a consciência da importância de se adquirir o hábito de ler. O aluno deve perceber que a leitura é o instrumento chave para alcançar as competências necessárias a uma vida de qualidade, produtiva e com realização.  Pois como salienta Freire, “o gosto e o interesse pelos livros são adquiridos socialmente, apesar de a leitura ser um ato individual, o contato mais simples possível com livro pode levá-lo a querer se aprofundar no universo da leitura (FREIRE, 1998, p.38).
Quando o leitor trava contato com um texto, ele traz para o objeto de leitura as suas experiências pessoais, as ideologias cristalizadas no seu subconsciente e a sua leitura de mundo. Essas estruturas, em contato com as estratégias e intenções narrativas, conduzem o leitor à fruição. Do contrário, a leitura não encontra no leitor um colaborador.
Ler é exercitar o discernimento. Quando lemos, colocamo-nos de modo favorável ou não aos pontos de vista, pesamos argumentos e argumentamos dentro de nós mesmos, refletimos sobre opções dos personagens ou sobre as ideias defendidas pelo autor (FREIRE, 1998, p. 58).
É necessário no ato de ler e compreender os textos, participar criticamente da dinâmica do mundo da escrita e posicionar-se frente à realidade - esta a finalidade básica que estabelecemos para as práticas de leitura na escola. Está aí implícita a ideia de que os professores lançam mão de determinados textos, produzidos por determinados autores, para instigar e esmerar a compreensão, a crítica e o posicionamento dos seus alunos. Pois como salienta Freire:
Há, certamente, os fatores externos, as possíveis estimulações, que são recursos que podem despertar o interesse para a leitura, numa atitude de curiosidade e atenção. Não basta a estante com livros, isso não garante a formação de leitores, e sim as estratégias para desenvolver no leitor o habito da leitura em seu espaço especial reservado ( FREIRE, 1998, p. 17).
Segundo Cagliari (1989), "a leitura é a extensão da escola na vida das pessoas. É uma herança maior que o diploma."
Enfim, diante das contribuições que o trabalho com a compreensão e interpretação de textos pode desempenhar, far-se-á um trabalho sistemático para que se possa ampliar o vocabulário dos educandos, aprimorar a produção textual, com coesão e coerência e consequentemente, a uma escrita mais elaborada, ou seja, realizaremos ações que possam corroborar no âmbito escolar e se possível, na vida.


3.    OBJETIVOS:

3.1 - Objetivo Geral

·         Estimular por meio de estudos de biografias e obras de poetas, cronistas e contistas o hábito de leitura e escrita para estarem continuamente atualizados frente aos desafios e perspectivas do mundo moderno/contemporâneo, ajudando-os a se tornarem leitores e escritores;

        3.2. Objetivos Específicos:

o   Apresentar biografia e textos de poetas, contistas e cronistas pré-selecionados pelos educandos.
o   Propor situações didáticas que garantam, de maneira contínua, a abordagem de gêneros diversos selecionados em função de temas de estudo e com grau de dificuldade crescente.
o   Oportunizar aos estudantes o acervo de inúmeras obras literárias de variados autores, buscando sempre, ampliar seus conhecimentos e suas capacidades criativas;
o   Incentivar o estudante a compreender e utilizar melhor as regras ortográficas da Gramática Normativa nas suas produções textuais.
o   Identificar as características dos gêneros estudados.
o   Produzir e revisar textos em diferentes gêneros.
o   Trabalhar os conteúdos da unidade de forma contextualizada.
o   Elaborar telas a partir de estudos da vida e obra dos artistas estudados.
o   Realizar estudos históricos e geográficos da vida e obra de Ariano Suassuna para exposição.


4.    CONTEÚDOS:

      Biografia de poetas, contistas e cronistas.
      Leitura 
      Procedimentos de leitura;
      Conceito e características dos poemas, contos, memórias, crônicas e literatura de cordel;
      Produção de textos;
      Revisão de textos;
      Pontuação.
      Morfossintaxe.
      Coesão e coerência.
      Os Conectivos,


5.    ESTRATÉGIAS METODOLÓGICAS:

·         Aulas expositivas;
·         Leitura e análise de poemas, contos e crônicas de autores reconhecidos;
·         Abordagem dos conteúdos com base nas leituras e produções textuais;
·         Propostas de pesquisas dos gêneros textuais em livros, revistas, internet;
·         Utilização de filmes e músicas para explorar os conteúdos de forma contextualiza.
·         Confecção de painéis partindo de atividades e temas dirigidos;
·         Realização de oficinas crônicas, poemas e contos
·         Atividades de leitura silenciosa e em voz alta de diferentes tipos de textos.
·         Apresentações e dramatizações na culminância do projeto.
·         Realização de estudos históricos e geográficos dos poetas, contistas e cronistas brasileiros.
·         Realização da seguda Vernissagem.
·         Elaboração de livros a partir dos gêneros estudados.




6.    RECURSOS:
 Livros literários, livros infanto-juvenil, revistas, jornais, caixinha de leitura, data show, computador, cartolinas, telas, tinta guache, lápis de cor, piloto, fita adesiva, televisão, DVD.7.
7.    CRITÉRIOS E INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO:

              A avaliação é uma ação de extrema relevância posto que nos dá subsídios para analisarmos se a proposta almejada foi alcançada ou não. Diante disso, vê-se a necessidade dessa prática ser realizada em todo o decorrer do projeto, para que,caso haja necessidade de reformulação de atividades ou discussões, isso ocorra sem prejudicar o processo ensino-aprendizagem. Por isso, em toda a aplicação desse projeto serão analisados os seguintes aspectos:
·         A participação e o interesse de cada aluno nas tarefas de leitura tanto individuais, quanto coletivas.
·          Na clareza e organização dos textos escritos e orais e o modo de exposição dos resultados nas apresentações das atividades propostas com base nas noções e conceitos construídos ao longo do projeto.
·         Nas pesquisas realizadas e nos trabalhos em grupos.

8.    REFERÊNCIAS BIBLIOFRÁFICAS:

BRASIL. Ministério da Educação e do Desporto. Parâmetros Curriculares Nacionais: Língua Portuguesa. Brasília: MEC/SEF, 1997.
LAGINESTRA, Maria Aparecida & Pereira, Maria Imaculada. Olimpíadas de Língua Portuguesa: Escrevendo o futuro. São Paulo: Cenpec, 2012. (Coleção da Olimpíada).
Freire, Paulo (1927-1997). A importância do ato de ler: em três artigos que se completam/ Paulo Freire-36. Ed. - São Paulo: Cortez, 1998.
BORGATTO, Ana Trinconi, Bertin, Terezinha & Vera Marchezi. Projeto Teláris: Língua Portuguesa: 7º, 8º,9º anos – 1ª edição. – São Paulo: Ática, 2012.
OLIVEIRA, Gabriela Rodella, Flávio Nigro Rodrigues, João Campos Rocha Português: A arte da palavra, 7º ao 9º anos, São Paulo:Editora AJS Ltda, 2009.
          




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