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segunda-feira, 31 de agosto de 2015

simulado 9º ano ( Crônica e O.S. Adjetiva)

                             

"O desejo vence o medo, atropela inconvenientes e aplana dificuldades." Mateo Alemán  Perder Barriga                     
  Os  namorados da filha

Quando a filha adolescente anunciou que ia dormir com o namorado, o pai não disse nada. Não a recriminou, não lembrou os rígidos padrões morais de sua juventude. Homem avançado,  esperava que aquilo acontecesse um dia. Só não esperava que acontecesse tão cedo.
             Mas tinha uma exigência, além das clássicas recomendações. A moça podia dormir com o namorado: ─ Mas aqui em casa.
Ela, por sua vez, não protestou. Até ficou contente. Aquilo resultava em inesperada comodidade. Vida amorosa em domicílio, o que mais podia desejar? Perfeito.
            O namorado não se mostrou menos satisfeito. Entre outras razões, porque passaria a partilhar o abundante café da manhã da família. Aliás, seu apetite era espantoso: diante do olhar assombrado e melancólico do dono da casa, devorava toneladas do melhor requeijão, do mais fino presunto, tudo regado a litros de suco de laranja.
Um dia, o namorado sumiu. Brigamos, disse a filha, mas já estou saindo com outro. O pai pediu que ela trouxesse o rapaz. Veio, e era muito parecido com o anterior: magro, cabeludo, com apetite descomunal.
Breve, o homem descobriria que constância não era uma característica fundamental de sua filha. Os namorados começaram a se suceder em ritmo acelerado. Cada manhã de domingo, era uma nova surpresa: este é o Rodrigo, este é o James, este é o Tato, este é o Cabeça. Lá pelas tantas, ele desistiu de memorizar nomes ou mesmo fisionomias. Se estava na mesa do café da manhã, era namorado. Às vezes, também acontecia ─ ah, essa próstata, essa próstata ─ que ele levantava à noite para ir ao banheiro e cruzava com um dos galãs no corredor. Encontro insólito, mas os cumprimentos eram sempre gentis.
Uma noite, acordou, como de costume, e, no corredor, deu de cara com um rapaz que o olhou apavorado. Tranquilizou-o:  ─ Eu sou o pai da Melissa. Não se preocupe, fique à vontade. Faça de conta que a casa é sua  E foi deitar. Na manhã seguinte, a filha desceu para tomar café. Sozinha.
              ─ E o rapaz? ─ perguntou o pai.
   ─ Que rapaz? ─ disse ela.
Algo lhe ocorreu, e ele, nervoso, pôs-se de imediato a checar a casa. Faltava o CD player, faltava a máquina fotográfica, faltava a impressora do computador. O namorado não
era namorado. Paixão poderia nutrir, mas era pela propriedade alheia.
             Um único consolo restou ao perplexo pai: aquele, pelo menos, não fizera estrago no café da manhã. (Moacyr Scliar)
01.  O texto acima trata-se de uma crônica. Assinale a alternativa que conceitua esse gênero adequadamente:
a-    (     ) A crônica é um gênero textual que tem por objetivo convencer os leitores de algo.
b-    (    ) A crônica é uma forma textual no estilo de descrição que tem por base fatos que acontecem em nosso cotidiano. 
c-    (    ) A crônica é uma forma textual no estilo de dissertação que tem por base fatos que acontecem em nosso cotidiano. 
d-    (    ) A crônica é uma forma textual no estilo de exposição que tem por base fatos que acontecem em nosso cotidiano. 
e-    (   ) A crônica tem como estilo uma narrativa breve, sem aprofundamento da análise, com abordagem reflexiva, subjetiva e comunicativa, que conta ou comenta histórias da vida cotidiana.

02.  O tema retratado na crônica é:
a-    (    ) As fases da vida da filha.
b-    (    ) A adolescência.
c-    (    ) a rigidez do pai
d-    (    ) O namoro na adolescência.
e-    (    )  A falta de segurança do país.
03.   Qual é o tipo de crônica escrita por Moacyr Scliar? 
a-    (    ) reflexiva 
b-    (    ) lírica 
c-    (    ) crônica-ensaio 
d-    (    ) Narrativa com traços humorísticos
e-    (    )  Argumentativa

04.  Todos os personagens abaixo participam da história, EXCETO:
a-    (    ) O pai e a filha e os namorados Rodrigo, James.
b-    (    ) O pai, Melissa e os namorados.
c-    (    ) O pai, a filha e seu namorado.
d-    (    ) O pai, Melissa, Tato e Cabeça.
e-    (    )  N.D.A ( Nenhuma Das Alternativas).

05.   Essa crônica contém elementos predominantemente narrativos. Assinale a alternativa
Que apresente o elemento da narrativa INCORRETA:
a-      (   ) Situação inicial: A filha conhece o namorado e quer sair com ele.
b-      (   ) Conflito – o sumiço do namorado e a descoberta da inconstância da filha.
c-      (   ) Clímax – o encontro no corredor entre o pai e o rapaz.
d-     (   ) Desfecho – o pai descobre que o rapaz no corredor era ladrão e não o namorado.
e-      (   ) Situação inicial: A filha comunica ao pai que vai dormir com o namorado
06. Qual o período em que há oração subordinada adjetiva restritiva?

a- (   ) Quando a filha adolescente anunciou que ia dormir com o namorado (...)
 b- (   ) Sou favorável a que o expulsem.
 c- (    ) Desejo-te isto: que sejas feliz.
d- (   ) O aluno que estuda consegue superar as dificuldades do simulado.
e-(   ) Lembre-se de que tudo passa neste mundo.

07. Na frase: “Quando a filha  que era adolescente anunciou que ia dormir com o namorado”  a oração subordinada é: 
a- (   ) subordinada  adjetiva explicativa
b- (   ) subordinada substantiva predicativa
c- (   ) substantiva completiva nominal
d- (   ) subordinada substantiva apositiva
e-(    ) subordinada  adjetiva explicativa
08. Na frase: "Lembro-me de que ele só usava camisas brancas." A oração sublinhada é:
a- (   ) subordinada substantiva Objetiva direta
b- (   ) subordinada substantiva objetiva indireta
 c- (   ) substantiva completiva nominal
d- (   ) subordinada substantiva apositiva
e-(    ) subordinada substantiva subjetiva

09.   Há no período uma oração subordinada adjetiva:
a) -(    ) Ele falou que compraria a casa.
b) -(    ) Não fale alto, que ela pode ouvir.
c) -(    ) Vamos embora, que o dia está amanhecendo.
d) -(    )  Em time que ganha não se mexe.
e) -(    ) Parece que a prova não está difícil.

10-  Classifique cada oração destacada e marque o item que possui a seqüência correta dessa classificação.
I.       O jovem que se esforça progride.
 II.      O livro que li é muito bom.
III.     Teresa, que era personagem principal, morre no final da história.
a)      Restritiva — Explicativa — Explicativa
b)      Restritiva — Restritiva — Explicativa
c)       Explicativa — Restritiva — Restritiva
d)      Explicativa — Explicativa — Restritiva
e)       Restritiva — Explicativa — Restritiva


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